quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Adopção institucional do e-learning

Da leitura do texto “Reflexões sobre a adopção institucional do E-learning: novos desafios, novas oportunidades” disponibilizado pela professora Maria João Gomes, registo algumas ideias sobre esta temática. Perante os novos desafios colocados pelas mudanças sociais, tecnológicas, demográficas, muitas instituições estão a optar por introduzir componentes de e-elearning nos seus modelos pedagógicos e organizacionais. Deste modo, a institucionalização do e-learning deve constituir actualmente uma reflexão nas instituições de ensino e formação.

Neste texto, a autora procura “sistematizar e reflectir sobre alguns dos principais desafios que a adopção sistemática e institucional do e-elearning coloca às instituições de educação/formação, considerando a problemática das resistências existentes, o risco de acentuar ou gerar novas info-exclusões ou novas exclusões-digitais e os desafios colocados às instituições.

Em relação às resistências, durante as práticas de e-learning, elas podem ser de diversa natureza: individuais, institucionais, omitidas, passivas, activas ou declaradas.

“O processo de inovação associado a uma mudança das práticas de ensino e de aprendizagem como as que estão associadas aos contextos de e-elearning origina resistências que muitas vezes se procura ultrapassar tentando introduzir as inovações de forma gradual e/ou aceitando a coexistência de níveis ou graus de adesão e prática distintos.” (Gomes, 2008).

De acordo com a autora, a introdução de práticas de e-learning nem sempre é formalizada, surgindo muitas vezes como um acto voluntário. Em muitas instituições há um esforço no sentido de as tornar sistemáticas e coerentes, surgindo, por vezes, a criação de grupos de trabalho ou a nomeação de responsáveis com responsabilidade na definição das políticas de e-learning da instituição, passando o e-learning a ser uma opção estratégica.

Muitas vezes a prática de e-learning é articulada com o ensino presencial, originando cenários de b-learning. A coexistência das várias modalidades de e-learning diminui muitas vezes as resistências internas das instituições.

“Um dos argumentos em prol das práticas de e-elearning prende-se com o facto desta modalidade de formação permitir uma grande flexibilidade em termos da gestão dos tempos e dos espaços de formação, facilitando o ultrapassar das barreiras físicas e temporais que muitas vezes se colocam no que concerne ao envolvimento e participação dos profissionais no activo em actividades de formação contínua e ao longo da vida.” (Ibidem)
Este modelo de formação vem de encontro ao paradigma “formação para toda a vida”, evitando exclusão social, profissional e tecnológica. A exclusão digital pode ser originada por factores económicos, sendo o combate à mesma uma responsabilidade social. As condições de acessibilidade podem ser também um factor. Em Portugal têm sido tomadas algumas medidas neste sentido.

A adopção institucional de práticas de e-elearning coloca às instituições diversos desafios. No entanto, a sua implementação consistente pode partir de uma análise prévia do seu potencial, tendo em conta o desafio que ela constitui para a instituição. Os desafios colocam-se principalmente a nível das infra-estruturas e apoio técnico, da gestão administrativa, das competências e do reconhecimento profissional, dos recursos pedagógicos e conteúdos.

Gomes, M. J. (2008). Reflexões sobre a adopção institucional do E-learning: novos desafios, novas oportunidades. Revista e-Curriculum, Vol. 3, Núm. 2, junho, 2008
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: Brasil. Consultado em Janeiro 2011 em http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/766/76613007004.pdf

Sem comentários:

Enviar um comentário