terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E-learning

Uma aula de e-learning claramente explicada.



Vantagens:
Acesso fácil e rápido;
Modo interactivo;
Conteúdo actualizado;
Ambiente na sua melhor forma;
Avaliação e resultado imediato;
Redução de custos.

Desvantagens:
Não há interacção directa entre o aluno e o professor, o que torna o ensino impessoal, comparado com as metodologias tradicionais.

Mas...
Com o advento da videoconferência as salas de aula podem ser simuladas de forma real, superando essa desvantagem.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

E-learning, b-learning, m-learning

O e-learning, como modalidade de formação a distância, suportada por tecnologias de informação e comunicação e serviço em rede, não implica normalmente uma presença simultânea, em termos espaciais e temporais, de professores e alunos. É uma modalidade flexível de gestão do tempo e do espaço, associada à internet e ao www, apesar de nem sempre a utilização das tecnologias e serviços associados à internet ser uma situação de e-learning.

Do ponto de vista tecnológico está associado, e tem como suporte, a Internet e os serviços de publicação de informação e de comunicação que esta disponibiliza, e do ponto de vista pedagógico implica a existência de um modelo de interacção entre professor-aluno (formador-formando), a que, em certas abordagens, acresce um modelo de interacção aluno-aluno (formando-formando), numa perspectiva colaborativa. (Gomes, 2005: 234)

No entanto, o e-learning pode articular-se com o regime presencial, criando assim situações de b-learning (blended-learning). É então um sistema misto, combinado, não sendo totalmente assíncrono.

Uma outra modalidade de ensino a distância é o m-learning (mobile-learning), na qual a interacção entre os participantes se dá através de um dispositivo móvel.

Referências bibliográficas:
Gomes, M. J. (2005). E-learning: reflexões em torno do conceito. In Dias, Paulo ; Freitas, Cândido Varela de, org. - Challenges'05 : actas do Congresso Internacional sobre Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. Braga. pp. 229-236. Consultado em Janeiro, 10, 2011, em http://hdl.handle.net/1822/2896

Gerações de inovação tecnológica

Transcrevo, aqui, um excerto da minha reflexão sobre as gerações de inovação tecnológica:

Ao pensarmos no papel que as tecnologias assumem na EaD temos de ter por base o conceito de “gerações de inovação tecnológica” proposto por Garrison (1995), centrado nas potencialidades das tecnologias. Gomes (2003) considera a abordagem de Garrison uma das mais interessantes: “Este autor, num artigo intitulado “Three generations of technological innovations in distance education”, publicado em 1985 na reconhecida revista Distance Education, defende que a evolução tecnológica conduziu ao surgimento de paradigmas alternativos ao nível dos princípios e conceitos associados à educação a distância, identificando neste domínio a existência de três gerações de inovação tecnológica”. A mesma autora sistematiza de forma interessante as características principais das diferentes “gerações de inovação tecnológica no ensino a distância”, tendo como pontos de referência a cronologia, a representação e distribuição de conteúdos, a comunicação professor/aluno e aluno/aluno, as modalidades de comunicação disponíveis e as tecnologias de suporte à comunicação disponíveis. A 1ª geração recorre quase unicamente ao texto, sendo por isso mono-media, em que se faz uma comunicação por correspondência. A segunda geração, multi-mediática, tem como suporte o texto, o áudio, o vídeo e recorre, sobretudo, a emissões radiofónicas televisivas. É o telefone que suporta a comunicação, sendo a educação baseada na tele-educação. Em Portugal, foi a tele-escola que marcou esta geração. A terceira geração tecnológica recorreu ao multimédia interactivo. Foi a era dos CD-ROM e dos DVD. A comunicação era mediada por computador e o correio electrónico constituía o principal meio de comunicação, que, apesar de assíncrona, se manifestava rápida. Com o aparecimento da internet e a generalização das TIC, surge um novo paradigma. “ Estas tendências evolutivas a que acabamos de nos reportar, permitem-nos sugerir a existência de quatro “gerações tecnológicas” de educação a distância” (Gomes, 2003)
A quarta geração tecnológica, a da aprendizagem em rede, revoluciona o conceito de geração, introduzindo o trabalho colaborativo. É a geração da aprendizagem em rede e do e-lerning.

Gomes (2008), considerou pertinente a necessidade de ser feita uma reflexão acerca da problemática, o que a levou a considerar “estarem presença de uma quinta e eventualmente de uma sexta geração de modelos de EaD. Apesar desta rápida evolução, as “gerações de evolução tecnológica” não se anulam, mas coexistem, sendo que todas têm um papel importante.

Gomes (2008) propõe que a atenção se volte mais para as dimensões de transacção educacional do que na questão tecnológica e propõe a substituição da expressão “gerações de inovação tecnológica na EaD” por “gerações de educação tecnológica”.

A expansão da Web como interface de publicação surge com novos paradigmas. Não é apenas o professor que disponibiliza informação mas também os alunos. Surgem modalidades de comunicação síncrona por voz, texto ou vídeo-conferência. A comunicação assíncrona existe e domina os blogues, as wikis, os fóruns e a colaboração e a partilha incrementam. É a geração do e-learning caracterizada por Gomes(2008) como a “geração do multimédia colaborativo”. Neste contexto e com esta quarta geração surge o conceito de aprendizagem colaborativa, na qual o conhecimento surge pela partilha. É o fim do individualismo e da comunicação unilateral. É uma geração que marca a evolução das tecnologias e o conceito de aprendizagem.(...)
Ao falar numa quinta geração, Gomes (2008) apresenta-a como geração do m-learning (mobile-learning) a geração dos telemóveis que marcou todo o mundo. É a geração dos telemóveis, PDA, leitores de MP3. A aquisição fácil do uso de dispositivos de comunicação móvel fez com que se explorasse já os seus potenciais em contexto educativo. Professor e aluno estão numa situação de comunicação.

Avizinha-se o aparecimento de uma sexta geração, a que Gomes (2008) chama geração dos “mundos virtuais e imersivos”. Esta geração está ainda pouco definida e pouco clara. No entanto, dada a velocidade da evolução tecnológica, arrisca-se a ficar rapidamente ultrapassada.


Referências bibliográficas:
Gomes, Maria João (2008). Na senda da inovação tecnológica na educação a distância. In Revista Portuguesa da Pedagogia. Consultado em Janeiro, 12, 2011, em http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/8073

Gomes, Maria João (2003). Gerações de Inovação Tecnológica no Ensino a Distância. In Revista Portuguesa da Educação, Braga: universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, consultado em 12, Janeiro, 2010 em https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/496/1/MariaJoaoGomes.pdf

A EaD ontem e hoje

A Telescola em Portugal arrancou formalmente com as emissões televisivas em directo em Janeiro de 1965. O objectivo era o cumprimento da escolaridade obrigatória de seis anos pelos alunos das zonas rurais ou longe dos grandes centros urbanos. Tendo-se afirmado como uma das mais bem sucedidas da Europa ao longo dos anos foi mudando de desiganação de Curso Unificado Telescola para Ciclo Preparatório TV acabando com a designação de Ensino Básico Mediatizado sendo extinto no ano lectivo 2003/2004.

No Brasil, o jornal «Tribuna da Bahia» anuncia hoje que "Cresce busca pela Educação a Distância». Ler a notícia completa aqui.
(Programa de dia 22 de Junho de 1968)

A EaD e a Telescola



É indiscutível a influência exercida pela evolução tecnológica nos modelos de educação a distância. Do ensino por correspondência à aprendizagem em rede, a EaD passou por diversas formas de representação e distribuição de conteúdos, tendo-se alterado frequência da comunicação não só entre professor e aluno, como também entre aluno e aluno.
Este vídeo ilustra a 2ª geração de inovação tecnológica de ensino a distância. Foi representativa, a partir dos anos 70, fazendo-se a distribuição de conteúdos em emissões radiofónicas ou televisivas. A comunicação entre professor e aluno era pouco frequente, não existindo sequer entre alunos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Potencial dos e-portefólios

O uso dos portefólios em contexto escolar é cada vez mais comum.

Barrett (2006), define portefólio como “a collection of work that a learner has collected, selected, organized, reflected upon, and presented to show understanding and growth over time. Additionally, a critical component of a portfolio is the combination of a learner's reflection on the individual pieces of work (often called artifacts), as well as an overall reflection on the story that the portfolio tells.”

No contexto educacional, os portefólios podem ser utilizados em contextos variados: centrados na escola (meio de apresentação e publicitação da escola), centrados nos alunos (estratégia de promoção e/ou avaliação de aprendizagens) ou centrados nos professores (instrumento de desenvolvimento profissional e/ou de avaliação de desempenho). Os portefólios podem ainda aproximar as famílias do trabalho produzido na escola, permitindo que estas tenham acesso às produções e desempenho dos alunos. (Alves & Gomes: 2010:4). Estas autoras apontam as potencialidades acrescidas dos e-portefólios, em relação aos formatos convencionais.
De acordo com Lorenzo (2005), os e-portefólios ajudam os alunos a tornarem-se pensadores críticos, influenciando o desenvolvimento de capacidades de comunicação escrita e multimédia. Na verdade, podem desenvolver competências a nível da literacia tecnológica.

Por todo o potencial que os portefólios apresentam, Alves & Gomes (2010) consideram “ que a sua adopção pode ser não só benéfica para os alunos mas também constituir uma excelente oportunidade de desenvolvimento profissional dos professores, orientado pela sua reflexão quanto à sua própria praxis educativa.”

Na minha prática lectiva, promovo o uso do portefólio. Apesar de reconhecer as potencialidades do e-portefólio, os meus alunos organizam-no, ainda, em formato de papel, uma vez que as condições em que trabalham não permitem que todos o possam fazer. São documentos de reflexão constante em relação ao processo de ensino-aprendizagem e à avaliação.

Referências bibliográficas:

Alves, A. P. & Gomes, M. J. (2010). Potencial Educativo dos E-Portefólios, in Revista e-curriculum, São Paulo, v.5 n.2 Julho2010. Consultado em Janeiro 22, 2011, em http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/10922/1/MJG-AAA-eCurriculum.pdf

Barrett, H. C. (2006) Using Electronic Portfolios Barrett for Classroom Assessment. Consultado em Janeiro, 10, 2010 em http://electronicportfolios.com/portfolios/ConnectedNewsletter-final.pdf

Lorenzo, G. & Ittelson, J. (2005) An Overview of E-Portfolios. Educause Learning Initiative. Consultado em Janeiro, 22, 2011, em http://educause.edu/ir/library/pdf/ELI3001.pdf

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A tecnologia ao serviço da literacia da leitura



Nas minhas pesquisas, encontrei este blogue, “Ler ebooks”, que “tem como objectivo a promoção da leitura em suporte electrónico e a divulgação de experiências de utilização de livros electrónicos em contexto escolar”.
Este espaço divulgou recentemente um estudo que analisa as tendências e desenvolvimentos no mercado de eBooks e eReaders.
Achei-o interessante pela abrangência de assuntos que o autor aborda, relacionados com a temática da literacia da leitura, usando as novas tecnologias.

Iniciando

Este blogue foi criado no âmbito da unidade curricular Educação a Distância e e-Learning. Aqui darei conta das minhas leituras, reflexões e pesquisas relacionadas com as temáticas abordadas nas aulas.
Sejam bem-vindos!